sábado, 8 de janeiro de 2011

Entre traumas e impressões, a primeira postagem

Meu primeiro post, acho de bom tom eu me apresentar. Quando nasci me chamaram de Marcus Vinícius Forzani e acharam que isso seria minha identidade sem ao menos saberem com o que eu iria me identificar a posteriori. Pois bem, os que me conhecem sabem o quanto gosto de escrever, o que ocasionalmente, eu deixei de fazer com a vida corrida e a preguiça servida. Porém lendo um blog de um grande amigo e tomado pelo ócio das férias, decidi prostrar-me entre a escrita e as idéias novamente, mas fui pego por uma questão boçal, qual será o nome do meu blog?

Poderia simplesmente pegar palavras ao acaso que combinadas, dariam um ótimo status non-sense artístico que é moda. Poderia ser profundo, fazer associações perspicazes, ter um significado sombrio, que poucas pessoas entenderiam e o que também me daria uma certa glória. Pois então, segui nesse caminho, entre o culti e o non-sense artístico.

Sacro do latim significa divino, sagrado, relacionado com deus e religião. Mas também é o nome de um osso do quadril. No fim acaba sendo quase que um trocadilho entre o divino, o inalcançável, o intocável e o visceral, o biológico. Indo um pouco além, se Deus criou a mulher de uma costela de Adão, eu estou em processo de criação de algo um tanto quanto peculiar, oriundo de um Sacro!

E por que nômade? Nômade é dito para aquele que não tem um local fixo ou que vive temporadas curtas em um local e depois que os recursos acabam, procura um novo lugar. E é dessa forma que acontece o fluxo de idéias e pensamentos. Algo efêmero, mutável, mas que também funciona ciclos, sem cabeça ou cauda, sem meio ou fim. Mas também era a condição do homem primitivo, o nomadismo, então acaba que me remete a essência, ao primordial.

Por fim, acho que funcionará assim. Escreverei sobre o cotidiano, sobre o que me ressalta aos sentidos, o que me chama e prende a atenção. E meus textos serão observações, contos, histórias, o que melhor fluir. Espero que em algum momento possa agradar e que em outros momentos, possa incomodar, pois seguramente, na maior parte desses momentos, estarei entorpecido por algo ou alguém.

Não quero alongar-me demais e na essência, é isso. A imagem de fundo é de autoria de Hannah Hock uma artista dadaísta alemã.